Há um momento maroto em que uma ideia nos entra na cabeça para lá ficar durante muito tempo. Uma ideia sobre como a nossa vida deve correr:
Começo a namorar quando encontrar a pessoa ideal: bonita, inteligente, divertida, carinhosa.
Quero-me casar, ter 3 filhos e uma casa grande.
Tenho que ser reconhecido profissionalmente, gostar do que faço, ganhar muito e fazer coisas grandes.
Facilmente juntamos estas 3 ideias, e outras tantas de fácil execução. Mas acontece que apesar de todos os esforços, muitas vezes os nossos planos falham redondamente.
A vida não corre como esperado. Acontecem mil imprevistos, mil dificuldades, mil alterações. E sentimos dor, porque a vida não corre como gostaríamos.
Estamos muito convencidos que sabemos o que é melhor para nós. Que certas coisas têm que acontecer para sermos felizes.
Mas tantas vezes a nossa vida quer-nos levar para outro lado.
Mas será que por isso devemos deixar de fazer planos? Que devemos fazer o que nos dá na gana a cada manhã?
hmmm hoje… sofá, comida e séries. amanhã… sofá, comida e séries.
NOT. Podemos antes tomar consciência de 3 coisas:
1. Há planos que dependem mais de nós, e outros menos.
Talvez o nosso percurso profissional ou quem nos gostaríamos de tornar, sejam áreas que dependem mais de nós e do nosso esforço.
Talvez o mundo amoroso, namorados, casamentos e filhos fofinhos não dependam tanto.
Mais vale investir e dedicar tempo às coisas que controlamos do que aquelas que não controlamos. Que venham os planos que dependem de nós.
2. Qualquer que seja o plano, que seja com desportivismo.
Mais importante que as estratégias brilhantes que congeminamos para que a nossa vida seja fantástica, é ter consciência que não são assim tão brilhantes, e que de um dia para o outro podem cair por terra. Mais vale encarar os nossos planos com desportivismo, com liberdade interior para os largarmos quando chegar a altura.
Que venha então o fair play quando a coisa dá para o torto.
3. É sempre tempo de renovar planos.
Muitas vezes os planos que temos na cabeça impedem-nos de saborear o que temos pela frente. Acontece que podemos sempre adaptar o plano às circunstâncias reais da nossa vida, ou trocá-lo por um novo. Nunca é tarde para renovar planos.
Teremos sempre toda a liberdade para fazer planos, mas vamos mais longe se soubermos que é normal falharem.
Quando isso acontecer, que tenhamos a liberdade para criar novos planos, mais próximos da realidade, mais próximos da felicidade.
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