És Original?

Já ouviste dizer que a originalidade é um defeito de fabrico do homem?

Isto dá que pensar acerca do que é ser original. Será ser diferente a todo o custo?
Ter tatuagens em sítios que não queremos sequer imaginar? Estar sempre do contra? Fazer coisas chocantes?

Não!
Ser original é viver de forma autêntica. Seres tu próprio ao máximo.
É aceitar as tuas diferenças de sonhos, necessidades e perguntas, e transformar tudo isso numa manifestação única no mundo. Se tivesses que dizer o que te torna único e original, o que seria?
(pausa para pensar)

Claro que tens coisas só tuas, uma forma de única de pensar, um feitio nem sempre fácil, até uma maneira engraçada  de andar.
E realmente és maravilhoso assim. Não precisas de ser outro.
Será que gostas de ti assim, como és, aqui e agora?
Não quando fores perfeito, ou acabares o curso, ou tiveres um trabalho melhor, ou fores sempre bom para a tua família. Gostas de ti assim como és?

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É que às vezes, apesar de perceberes que és uma pessoa totalmente nova e irrepetível… tens medo de seres tu. De acreditares no que acreditas. De dizeres o que pensas. Às vezes sentes-te bloqueado e preso, ouves aquela voz que diz :
“ Os outros gostavam mais de mim se dissesse o que eles querem.”
“Não saias da linha. Não digas o que realmente achas.”

Nessas alturas podes dar um chuto nas expectativas que os outros têm de ti e encher o peito de ar:
“Vou ser autêntico. Vou ser eu próprio ao máximo. Escolho ser genuíno e verdadeiro. ”

Se acreditares que és original, percebes que não podes ser substituído. E que tens muito valor. Porque afinal… a originalidade não é um defeito de fabrico do homem. É um dom. É uma marca inconfundível no teu corpo e vida.

E quando te aperceberes que ser original não é uma ameaça, mas uma dádiva, percebes que o que tu vais dizer, nenhuma boca dirá por ti. O que vais sonhar, ninguém sonhará por ti. O que vais fazer, nenhumas mãos farão por ti. 

A tua originalidade permite que alguma coisa se manifeste no mundo, que de outra forma nunca se manifestaria.
Tu és indispensável.


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Comments

Respostas de 5 a “És Original?”

  1. Em filosofia, usa-se um princípio chamado ‘Navalha de Ockham’ que diz algo como: “as entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade”. Ou seja – aplicando este ‘princípio da simplicidade’ às pessoas – costumo pensar: porque se daria Deus ao trabalho de criar cada um se não o visse necessário? … se não sentisse falta de cada pessoa? … se não quisesse dizer algo de novo com cada uma?

    ‘Brigado pela reflexão, Johnny!

    1. Bárbara Góis

      Muito bom o post! Amei!

    2. Johnny, ainda bem que a filosofia traz coisas que batem certo com o que vou escrevendo. Ufff, estou aliviado ;)

      Thanks

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