Num passeio em Fátima fizemos uma descoberta: por muito que façamos, seremos sempre mais que uma nódoa…
É útil saber ver o pormenor que está mal e ter um olhar crítico sobre a realidade, mas não podemos confundir a parte, com o todo.
Não exageremos na dimensão dos problemas nem dos erros. Por muito mal que façamos, não somos uma nódoa, somos muito mais que isso.
Precisamos de trabalhar um olhar verdadeiro sobre a realidade, dar a cada coisa a sua justa proporção.
Se exageramos a dimensão de um erro – criticando duramente outra pessoa, ou nós mesmos – estamos a cometer uma injustiça. Se ignoramos e disfarçamos um erro – normalmente temos essa benevolência para os disparates feitos por nós – estamos a enganar e a faltar à verdade.
Encontremos o justo equilíbrio: reconhecer com verdade os erros e falhas (nossos e dos outros) mas partir daí para um olhar mais generoso da vida, reconhecendo também todo o potencial da vida e tantas coisas boas que estão igualmente à nossa volta.
Da próxima vez que ficar obcecado com uma nódoa numa toalha, ou com uma coisa desarrumada, ou com o comentário de alguém, levantemos a cabeça e agradeçamos o que temos.
Não sejamos uma “pessoa nódoa”, que repara apenas no que está mal nos outros ou em nós. Alarguemos as vistas para a grandeza das coisas pelas quais podemos e devemos estar agradecidos.
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