Tomar melhores decisões V.

A saga chegou ao fim. A loucura de escrever 5 artigos sobre as decisões que tomamos já está a deixar malta sem dormir noites seguidas, apenas à espera que isto acabe.  Parece aquelas séries que têm longos episódios até chegarem ao grand finale. Mas aqui não há final épico. Há só mais 3 ideias e um pontapé no rabo do leitor. Mas vamos de qualquer forma aproveitar o balanço, e ver como podemos tomar decisões menos cretinas:

1. Usar os dados que temos.
Muitas decisões são como o leite. Têm um prazo de validade, e ficam a cheirar a podre se demorarmos demasiado.
E como as decisões têm um prazo – por forças cósmicas ou humanas – temos que as tomar com os dados que temos na altura. Não com o que podemos vir a saber daqui a 2 semanas, não com o que me podem vir a contar, não com mais certezas e informações, mas simplesmente com estes dados. E isto requer uma objectividade dura como o raio. Temos que aprender a deixar de lado os mil “ses”, e a decidir com todas as inseguranças…seguramente.

inesperado.org_melhores decisões V

2. Pensar nos outros.
Às vezes a nossa cabeça roda roda roda a pensar no que devemos fazer, no que vai melhorar a nossa vida, no que nos vai fazer sentir melhor. Roda muito em nós, mas pouco nos outros. Dá jeito um rasgo de generosidade, um empurrão de anca no ego, e pensar no que vai ser melhor para as pessoas que estão à nossa volta. Dar espaço para as necessidades dos outros entre os nossos critérios. Em que medida esta decisão ajuda as pessoas que estão à minha volta? O que acontece se eu  sair do país? Mudar de trabalho? Comprar um carro? Talvez fique tudo tranquilo, ou talvez não.
Se tomarmos a decisão que devemos tomar, a decisão “certa” –  mesmo que doa às pessoas de quem gostamos – acabamos por maximizar o bem de todos, no longo prazo. Sim, no longo prazo. (por agora, é aguentar a bronca).

3. Reflectir é bom mas melhor é decidir.
Chegamos a um ponto em que pensamos e reflectimos indefinidamente para tomar a melhor decisão, quando na realidade temos é que tomar uma decisão! As questões de fundo que fomos falando O que me traz paz? Onde me vejo daqui a 10 anos? O que é melhor para os outros?, são tudo perguntas fortes, mas se agonizamos à espera de uma resposta perfeita, não vamos a lado nenhum. Por vezes devemos apenas seguir o instinto e decidir.

• E quando sabemos o que fazer mas estamos cheios de medo?
Como sugeriu um amigo leitor do inesperado, lembrando uma cena dum filme, bastam apenas 20 segundos de coragem. Ou seja, quando estamos aterrorizados com o que temos que fazer… basta aguentar essa pressão durante 20 segundos. Em que vamos para a arena e damos o nosso melhor. Dizemos o que temos a dizer, fazemos o que temos a fazer, decidimos o que temos a decidir. Sem dar sequer hipótese ao medo. 20 segundos de pura coragem. E isso basta.

E pronto, era isto. Ah, e também um pontapé no rabo.
Vamos à vida!


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