Kit Combate: melhores decisões parte III

No último artigo vimos que não ajuda tomar decisões apenas para agradar aos outros. E isso despertou muitas perguntas secretas na cabeça dos amigos leitores:
“oooh sim está bem visto não querer agradar a todos, mas então que fazer para além disso?”
“iiih faz sentido, mas que critério uso nas minhas decisões?”
“aaah que interessante, mas que ferramentas há para decidir melhor?”

Vamos então criar uma espécie de Kit de Combate para conseguirmos tomar melhores decisões. Especialmente para quando tivermos à rasca.


E vamos deixar de lado as mini decisões da vida – que cor de meias vou usar, bebo mais um copo de água, e por aí fora – e focamo-nos naquelas maiores que deixam uma marca maior na nossa vida. (sem desconsiderar a cor dos peúgos e a aguinha).
São as grandes decisões é que nos deixam acordados à noite, ou com o coração a doer. Quanto às outras decisões mais pequenas… virão por arrasto depois de tomarmos as grandes.

Então o Kit de Combate resume-se simplesmente a 2 perguntas marotas:
1. O que me traz mais paz?
Ora bem… falas num Kit de Combate e depois mandas uma pergunta foleira sobre paz…
Pois… mas é isso mesmo ó Rambo. Nas bifurcações que temos pela frente que caminho nos traz mais paz?
E para perceber melhor o que traz paz ajuda usar o critério 10, 10, 10. Ou seja: se eu tomasse esta decisão… como me sentiria daqui a 10 minutos, 10 meses e 10 anos?  Naturalmente isto dá-nos um olhar diferente sobre o curto, médio e longo alcance de uma decisão.
experimentámos tantas vezes tomar uma decisão para logo de seguida nos sentirmos confusos, irritáveis e divididos. Outras vezes sentimo-nos assim passado uns meses, ou mesmo décadas…
Por outro lado, por vezes podemos tomar uma decisão que nos dói e sai do pêlo, mas sentimos uma paz grande desde o momento em que a tomamos.
O facto de estarmos realmente serenos com uma decisão – ainda que tenha sido tremendamente difícil – é bom.
Mas nada de tangas Rambo! Não nos podemos auto-iludir com o que é paz e serenidade. Sabemos bem a diferença entre estar genuínamente pacíficos, ou anestesiados por alguma distracção ou euforia. No dia seguinte de manhã percebemos qual dá ressaca e qual não dá.
Fica então a questão para tomar melhores decisões: das várias alternativas que vejo pela frente, qual me traz mais paz?

inesperado.org_kit combate

2.  O que queria que o meu filho fizesse nesta situação?
Naturalmente não precisamos de ter filhos para responder a esta questão. O truque é fácil de perceber: arranjar uma forma de olhar de fora para nós, com o maior amor possível. Esta pergunta dá-nos uma distância crítica, e faz-nos procurar o que realmente seria melhor para nós, sem grandes desculpas ou rodeios. Queria que o meu filho fosse trabalhar para o estrangeiro nesta situação? Ele devia arriscar começar este namoro? Ele devia dizer o que pensa ou ficar em silêncio ?
Isto só resulta se nos concedermos realmente uns segundos para responder a esta pergunta sem pretextos nem desculpas. Temos que ser francamente honestos durante uns segundos e ouvir a resposta à pergunta : O que queria que o meu filho fizesse nesta situação?

• Este Kit de Combate acaba por ter mais coisas fofinhas do que seria de esperar, mas pô-lo em prática vai ser uma verdadeira guerra. E vale a pena lembrar que esta guerra vale pode ter consequências perigosas: pessoas mais livres, famílias mais contentes e amigos mais felizes.


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Respostas de 8 a “Kit Combate: melhores decisões parte III”

  1. Este post está simplesmente fantástico!! É sem dúvida a resposta às questões que nos fomos colocando ao longo dos dois posts anteriores! Obrigada por estes posts que fazem sempre mexer qualquer coisa cá dentro e nos fazem refletir sobre muitos momentos da nossa vida! E que consiga encontrar a paz que tão bem descreve neste post!

    1. Obrigado Sofia! Continuamos na luta :)

  2. Rosário

    Eh pá!mm mto baril!tenho sempre vontade de partilhar com o mundo o que por aqui se escreve!!é de uma simplicidade brutal!!simplicidade….

    1. Those who may have had favorable cerdit scores plus a stable source of income arrive at have better alternatives slightly part the mouth area just like you’re saying ‘o’ then press lightly on the cheeks.my web page ::

  3. Marina Moura

    Simples e de grande ajuda !
    obrigada

  4. O nome do blog faz está de acordo com aquilo que se pode esperar de cada post. Quando vi isto na minha caixa de correio eletrónio pensei: provavelmente vem dali uma teoria toda manhosa, uma coisa matemática que no fim dá sempre certo, sem dar zero. Mas consegues bem ser mesmo inesperado! (Como de costume) No fim falaste da ‘verdadeira guerra’ e é isso mesmo, é essa dita guerra que nos mantém verdadeiramente vivos e mais vivos.

    1. que bom que bom Joana Leal! Continua a aparecer :)

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