Aposto que disseste alguma coisa do género, ao pensar se lias este artigo. E se pensaste isso, então este artigo é mesmo para ti.
Se por outro lado, tens tempo, vai antes comer uma peça de fruta.
E sem percebermos bem de onde vem este sentimento de urgência, damos por nós desdobrados em actividades, sms, pedidos, telefonemas e programas.
Acordo de pijama e já estou atrasado. Vou para a praia de fato banho e vou a abrir. Estou de fato e com pressa. De camisa para a universidade e já apressado. Todos os dias, todas as situações. Vivemos com pressa uma refeição, uma conversa, um passeio, um trabalho. Até ao ouvir música que já conhecemos, cantamos o refrão antes de tempo!
E quando rápido não é suficiente, vamos mais rápido. Por exemplo, quando temos 30 minutos para nos arranjar e sair de casa, e dormimos só mais 10 minutos, para em 20 ser mesmo a abrir.
Entenda-se naturalmente, que muitas vezes temos prazos realmente apertados, ou estamos realmente com pressa. E não vamos deixar a miúda à espera. Ou os avós à chuva. Ou o chefe ao telefone. E temos uma certa pressão em cima. Até aí tudo bem.
A parte dispensável é aquela velocidade interna que nunca nos deixa parar. Descansar. Pensar bem no que quero. Respirar fundo e escolher com liberdade.
É interessante perguntar-me que tipo de gratificação obtenho por viver nesta pressa? Porque seguramente recebo alguma coisa daí. Talvez um sentimento de distracção ou divertimento? Ou de ser importante por fazer tanta coisa ao mesmo tempo? Ou ser especial porque tenho tantas solicitações?
Mas no fim do dia, quando estamos a fechar os olhos e o nosso dia, em que resultou tanta urgência? É realmente necessária a pressa com que vivemos? Talvez o resultado seja um glorioso primeiro cabelo branco ou uma grande oportunidade que nos bate à porta e não a conseguimos ouvir de tanta pressa que tínhamos.
A pergunta já foi feita, mas aqui vai de novo: a nossa vida é uma maratona ou um sprint?
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