A cada novo dia que começa é-nos colocada uma escolha: em que mundo vamos viver?
Há um mundo em que achamos que toda a gente nos quer tirar alguma coisa, em que cada um sabe de si. Um mundo em que tenho que olhar apenas por mim, pelo meu trabalho, pela minha vida, não vá alguém tirar-me o que tenho. É o salve-se quem puder: uma competição feroz com todos, o receio de ficar para trás e a ansiedade constante para sobreviver. Agarramos tudo para não perder nada. Guardamos tudo para ninguém nos tirar nada. Vivemos para o meu tempo, o meu dinheiro, a minha vontade.
Mas será que este é o mundo onde quero viver? O que fica com o passar dos dias e dos anos?
Não será melhor viver num mundo diferente?

Um mundo em que não estou em competição mas em colaboração? Em que estamos menos preocupados com o que podemos tirar e mais ocupados com o que podemos dar? Um mundo em que cada um pode partilhar o que tem sabendo que há suficiente para todos. Em que cada um não sabe apenas de si, mas sabe o que torna o outro melhor. Em que não é o salve-se quem puder mas como posso eu salvar-te? Em que ganhamos vida não porque guardamos tudo para nós mas porque partilhamos o nosso tempo, dinheiro e vontade com os outros. Em que não vivemos preocupados a dividir o que há, mas ocupados a multiplicar o que pode haver.
Em que o melhor que tenho é o que deixa o outro feliz. Um mundo em que ao dar tudo o que tenho, recebo tudo o que preciso.
É este o mundo onde quero viver? O que fica com o passar dos dias e dos anos?
A escolha do mundo em que vivemos não é dos outros. É uma escolha exclusivamente nossa.
Hoje, em que mundo escolho viver?
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