Não é preciso grande coisa para começar uma discussão. Basta ouvir uma boca, receber uma critica ou até apanhar um susto. Depois é só soltar a irritação, a imaginação e os respectivos perdigotos. Venha quem vier: irmãos, pais, namoradas, maridos, lá vamos nós.
Acontece que quando nos sentimos magoados ou irritados, temos o instinto de atacar. Não pensamos, e dizemos o que está mais à mão (ou mais à boca).O que normalmente é uma idiotice bestial, que acaba por magoar a outra pessoa. Temos demasiadas discussões desnecessárias.
Mas isto não quer dizer que a malta não discuta.
As discussões em si não são más. É bom discordar, divergir, até gritar. O problema dá-se quando em vez de discutir ideias, discutimos pessoas. Quando passamos de conceitos para os ataques pessoais. Quando discutimos o que o outro devia fazer, e nunca nós. (Já agora, porque é que os outros precisam sempre de mudar e nós nunca?) É mais fácil discutir do que mudar algum comportamento nosso. É mais fácil discutir do que enfrentar a dor que causámos ao outro.
As discussões são a cópia barata do diálogo.
Se há discussão é porque se calhar não houve diálogo suficiente antes. O diálogo ajuda a gerir os desequilíbrios antes da coisa ficar descontrolada. O diálogo traz qualidade a uma relação, enquanto a discussão traz berraria (e vizinhos a baterem à porta).
Seria simpático ganhar antes algum desportivismo nas discussões.
Não dramatizar esses momentos, deixar de lado ressentimentos e seguir para a frente. Ganhar inteligência para saber ler o que está realmente por detrás daquela discussão, e arranjar formas mais criativas e saudáveis de resolver as dificuldades.
Se vais discutir, discute bem. Usa diálogo e desportivismo.
E não faças isto:
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